segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

¿SENSATEZ?

As mãozinhas preparadas para segurar peso. Era domingo de manhã e a animação tomava conta do meu ser de uma forma que era anormal para um simples domingo de manhã. Mas... Alooow, a palavrinha mágica já fora mencionada? Não, então senta que lá vem história. A criança, opz, eu levanto como se fosse uma norte americana de seis anos num 25 de dezembro para acordar todos da casa e ver os presentes de Natal. Mas o que estava acontecendo ali era apenas um toque (um tanto inusitado para a minha pessoa) de despertar para as pessoas tomarem café da manhã. Para que mesmo? Ah, sim. O que eu havia feito um mistério (desnecessário) nas linhas acima, para ir ao shopping.


Sim, houve uma preparação, eu estava levando esse assunto de estar disposta a carregar sacolas bastante a sério! Eu tenho uma viagem daqui a menos de dois meses (vide outro blog) para outro país e meu verão vai durar, nada mais nada menos, do que praticamente o ano inteiro! Sim, eu passei para o Hospitality Certificate Program da Disney, vou estudar e estagiar nesse lugar horroroso, né? Que chato... Tô tão triste que nem consigo me conter. Nem consigo pensar em outra coisa. Vou ter esse nomezinho aí, que o mundo inteiro nem conhece, que a maioria esmagadora das crianças sonham em conhecer e eu vou estar lá, ralando, estudando e ainda vou ganhar um certificado dos caras. CARACAAAAAAAAAAA! Eu vou morreeeeeeeeeer! Enfim, tô desabafando em poucas linhas apenas para finalizar o post anterior, onde eu estava numa angústia extrema esperando o resultado do rh da empresa (nhéééé, nem vou dizer novamente) e realmente, as horas não passavam. Mas agora as horas passam voando e eu preciso fazer muitas coisas.


Muitas coisas! Milhares de coisas. As roupas estão no topo da check list, lógico, depois de pagamento, arrecadação de dinheiro e burocracia. Mas aquelas coisinhas bem girly, as roupas lideram. E, para isso, devem ser novas! E onde se compram roupas novas se não na Meca? Vamos ao shopping! Depois de muito de comemorar no meu restaurante japa do meu shopping preferido, a correria foi grande, pois neste mês do ano, o toque de recolher chama-se chuva. Resolvemos visitar apenas duas lojas, meu Deus, o mundo está acabando! Para sinalizar ainda mais o fim dos tempos eu saio do provador com a idéia de que não, eu não vou comprar pelo simples fato de que saí para aquele fim. Saí para celebrar uma vitória (essa desculpa tá rendendo...) e aquilo eu havia conseguido.


As mãos não foram exercitadas. Ah sim, fiz sim um exercício! Levantamento de sushi, o manuseio dos hashis requer muita destreza, viu? Mas a musculação, melhor deixar para outro dia. A lição de hoje foi aprendida, a serenidade de entrar em uma loja e pensar: eu não preciso disso, eu já estou feliz. Feliz, porém sem roupas! Hahahaha mas isso é outro papo! O fato de saber que eu entrei, passei e sai da Meca com as mãos ainda mais vazias do que entrei me deixa além de orgulhosa, aliviada, significa que dentro deste ser grande, escandaloso e debochado existe algum átomo de sensatez. Será?

sábado, 16 de fevereiro de 2008

À espera de um milagre

“Aqui onde as horas não passam...”
(Aqui – Capital Inicial)

Música bonita, mas o único verso que se encaixa na minha situação é esse aí. Não to absurdamente sentindo falta de ninguém, porém, absurdamente estou vendo que o tempo não passa. E não é só pra mim não. Tenho provas cabais de que pelo menos pra umas 32 cabeças (pra ser mais exata) esse tempo não passa desde terça feira, e a próxima terça,ou quarta feira não chega nunca.

A sensação da espera é horrível! Como é que uma gestante pode dizer que a gravidez é uma sensação maravilhosa? Fala sério! To quase morrendo por uma semana, imagine como vou ficar por nove meses. Acho que é por isso que sou tão a favor da adoção, não existe espera, apenas burocracia, o que também é outra chatice, mas aí são outros quinhentos!

Essa tensão, que alguns poucos sabem o motivo, razão e circunstância (olha o Professor Girafales aí, gente!) está movendo minha vida fazendo com que minhas noites de sono sejam mais curtas e os dias mais longos justamente quando o horário de verão está indo embora. A coisa bagunçou toda! Onde já se viu, eu, de olhos arregalados às 5h da manhã? Pra caminhar? É o fim dos tempos!

É a tensão! O mesmo assunto fazendo que eu pense a mesma coisa o tempo inteiro, imaginando situações, falas, sensações, fotos, enfim, imaginando uma vida inteira. Estou à espera de um milagre! Esperar dói, física e emocionalmente. Queria que aquele negão do filme (“À espera de um milagre”) encostasse no meu braço e pegasse pra si toda essa minha angústia e levasse embora, mas não desejo essa sensação nem pra ele! É foda isso.

Hoje estou tentando esquecer. Acha mesmo? Estou postando este lindo blog no meio da aula. Mas fez com que ao menos 10% do meu dia fosse preenchido com algo que não fosse essa bendita espera. Cheguei na aula toda contentinha, vou conhecer geral, como sempre acontece, oba! PÉÉÉÉÉÉ, cheguei com quase uma hora de atraso. Por que mesmo? Onde eu estava com a cabeça mesmo? A essa altura do campeonato, nas aulas (extra-oficiais) normais, a risaiada já estaria comendo solta e eu já estaria me sentindo a rainha da sala. Por que isso não aconteceu até agora? Cito pelo menos dois motivos: 1-excesso de mulher; 2- só te jornalista nessa porra. Definitivamente eu não nasci pra isso. Cadê as piadas? Cadê meus amigos publicitários, administradores bêbados, drogados, vagabundos? Hahahaha, brincadeira, tenho muitos amigos jornalistas, mas conviver entre muitos deles é demais pra mim.

Na hora do almoço, outra situação estranha. Saí sozinha. Bom pra alguém que está com a cabeça ÓÓÓÓÓÓÓÓÓTIMA, enfim, saí em busca do primeiro Spoletto e Voluntários da Pátria aí vamos nós! As ruas de Botafogo estavam pequenas para os meus pensamentos, caminhando e pensando... Nem lembrei que era pra eu almoçar! Quando percebi, já sentia a brisa (um tanto fedorenta) do que o carioca chama de mar. Era a Praia de Botafogo! Pqp, tinha só meia hora de almoço e a palhaça aqui resolve fazer passeio involuntário pela orla ao invés de comer! Mas eu precisava pensar, e isso eu só consigo fazer pensando. Zilhares de “e se...” passavam pela minha cabeça. Muitos momentos felizes vinham à minha mente, por outro lado, outras possibilidades negativas também surgiam. E assim eu ia, quadra após quadra, passo após passo indo de volta à faculdade, devagarinho, pois não queria nem almoçar, muito menos voltar à aula! Ninguém ri, fala uma gracinha... Ai que saudade dos velhos tempos da comunicação empresarial, da locução...Onde estão os loucos dessa cidade? Dou para eles mais um dia de trégua. Até porque, eu também não estou normal. Não existe festa sem bobo da corte.

Não existe alívio sem resposta.
Não existe respiração sem que se inspire.
Chega logo, não agüento mais.
Que seja positivo
:)

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

In the end only kindness matters (acabou-se o inferno)

Num dia 14 de fevereiro de sei lá que ano passei a reparar o comportamento de aniversariantes: o telefone toca, a pessoa sorri e diz muitos “brigaaaaaaaaaaaada”, blábláblá, “brigaaaaaaaaaaada”, nhenhenhe, “ah, “brigaaaaaaaaaaaaaada”, mais blábláblá, “ô, tomara!”, combinam alguma coisa ou perguntam algo sobre alguém que está distante e a ligação termina. Esse é o básico de um script de uma ligação que um(a) aniversariante recebe e nesse dia eu passei a reparar nesse fato e, logicamente, sacaneei a minha amiga aniversariante o dia todo! *Marceleee, lembrou, nééééé? rs*

Até que hoje, acredito que dois anos mais tarde, a cena se repete. Só que eu sou a vítima, provei do meu próprio veneno! Cheguei à conclusão de que eu crio monstros, conto minhas gracinhas pras pessoas, elas potencializam essas coisas e jogam as minhas criações aperfeiçoadas (ou pioradas) em cima de mim. O telefone mal tocava e eu já ouvia alguém me imitando com minha voz arrastada “ah, brigaaaaaaaaada” antes mesmo de eu falar um alô. A gozação durou até a hora em que atendi um engano, logicamente o cara, que queria falar com uma tal de Gisele, não deve ter entendido nada da gritaria dos agradecimentos e imitações. Desliguei o telefone puta! Onde já se viu? No meu aniversário, liga pra minha casa e nem dá parabéns? Tô nem aí se foi ligação errada!


Fiquei muito feliz com os telefonemas, torpedos, scraps e até as detestáveis telemensagens que recebi. Chorei, ri, de muitos senti ainda mais saudade que o normal e vi que pessoas novas podem estar entrando no meu “catálogo” de amigos (Mibinha e seu vocabulário chulo...), o que seria um ótimo presente de aniversário após um 2007 mais solitário e morno do que o vômito. Então, para os que se lembraram do meu aniversário o meu muito obrigada do fundo do coração, pois essas pequenas atitudes fazem a diferença. Sim, Dandan, eu errei com você, eu me sinto a pior das amigas por ter me lembrado do seu aniversário, lembrado uma amiga desta data e depois simplesmente esqueci de te ligar, e você me jogou isso na face hoje, hein? rs


Num dia estranho como esse em que todos te falam além de felicitações e vibrações positivas, falam de idade. E, pra quem já passou dos 20 e é mulher, a neurose começa. Portanto, discrição, por favor ao me perguntar a idade. Deduzam por favor! Já penso num lifting facial... Pensei em mandar minha tia tomar no $%$#@##** ao questionar minha idade e quaaase chutar pra mais. Nunca, NUNCA, faça isso! Enfim, de resto o dia foi só alegria. Meu presente foi dado em dólares (óóóóó, por que será?), mas não muitos para não ficar me achando. “Minha Mocidade guerreira trouxe a igualdade, justiça e paz”, trouxe cinco estandartes de ouro, mas não trouxe o título, muito menos a participação no desfile das campeãs. Pois é, a maldita Beija-Flor ganhou... coitado do torcedor que estava aqui para aturar a minha ira!


A gente ganha coisa pra cacete, mamãe entra ano, sai ano fica falando que o bebê de olhos brilhantes e arregalados dela está ficando velhinha (velhinha? Ah,sifudê!), todos te paparicam, fazem tudo o que você quer. A essa altura dieta? O que ser isso? Mas muita gente está na merda. Pra quem não sabe, nesse carnaval nove pessoas morreram aqui em Itaipava e outras tantas ficaram desabrigadas. E bota outras tantas nisso! Muitos estão ajudando, e isso é lindo de se ver, mas para quem perde tudo, toda ajuda ainda não é suficiente. Portanto eu tô aqui sei lá, pode pensar o que quiser, mas fazendo um apelo, se você mora em Petrópolis e tiver qualquer coisa que não esteja mais usando vá até o restaurante da Feirinha de Itaipava (lá eles estão levando diretamente às casas das pessoas mais necessitadas) e faça sua doação, qualquer doação é bem-vinda. Já ganhei coisas demais, estou feliz por demais, estou tentando retribuir tudo o que já ganhei a alguém que não tem, ou perdeu.
Inferno astral? O que é isso mesmo? Só em janeiro que tu me pega, querido! Acabou-se a paranóia conspiratória, posso até me sentir a Miss Construção Civil novamente, o pão não cai mais com o patê pra baixo e todas aquelas coisas de azar. A palavra da vez, ou do mês é tensão, mas isso é papo pro outro blog, nada a ver com esse aqui não...


Meu aniversário foi atrapalhado por um feriado chamado Carnaval. Meus amigos resolveram sumir, a cidade fica um nojo, fico sem ter pra onde ir pois o país respira carnaval nesses dias. E por causa disso a comemoração do meu aniversário será dividida em cidades. Fala a verdade, eu tô muito chic, né?
Petrópolis – Nas Nuvens sexta dia 08 às 21h no
Sampa – no dia em que eu chegar, resolvo por orkut, email, torpedo...mas quero comemorar com todos
Rio – Ploc do Espaço Marum (desculpem, tô com saudade, pô!) no último findi do mês. Marcelle, agita isso pra mim!



Em homenagem ao pessoal que sifu com os deslizamentos e aos voluntários que estão ajudando segue a música lindíssima que, pra mim, parece trilha sonora dessas ocasiões.

Jewel - Hands
If I could tell the world just one thingIt would be that we're all ok
And not to worry 'cause worry is wasteful
And useless in times like these
I won't be made useless
I won't be idle with despair
I will gather myself around my faith
For light does the darkness most fear
My hands are small, I know
But they're not yours, they are my own
But they're not yours, they are my own
And I am never broken

Poverty stole your golden shoes
It didn't steal your laughter
And heartache came to visit me
But I knew it wasn't ever after

We'll fight, not out of spite
For someone must stand up for what's right
Cause where there's a man who has no voice
There ours shall go singing
In the end only kindness matters
In the end only kindness matters

I will get down on my knees, and I will pray
I will get down on my knees, and I will pray
I will get down on my knees, and I will pray

We are God's eyes
God's hands
God's mind
We are God's eyes
God's hands
God's heart
We are God's eyes
God's hands
God's eyes
We are God's hands
We are God's hands



Muito obrigada pelo carinho,
Beijo no coração de todos,

Miba